domingo, 24 de novembro de 2013

Os "cabeças duras"



Obs.: Liberais no sentido em que se usa na América, por oposição a conservadores, ou seja de esquerda.

(Dois pequenos apontamentos.)

Os que se consideram conservadores não precisam de começar a ficar abespinhados com o título do artigo.
A inteligência não é uma qualidade em si mesma. Nós é que tendemos (forque fomos treinados para isso) a dar uma valoração a tudo e até a reduzir qualquer análise a uma questão de sinais de "+" e de "-".
Além disso, associamos inteligência a maiores capacidades, mas deixando de lado algumas bem importantes.


Os menos inteligentes podem ser muito mais resilientes. 
Não deve haver ninguém que não tenha reparado que há muitas pessoas bem sucedidas na vida, económica e socialmente, que não pareciam ter uma inteligência por aí além, ou que na escola eram até dos mais atrasados da classe, uns "cabeças duras". Mas tinham uma grande qualidade: eram teimosos. Depois de descobrirem um abrigo seguro, dali já ninguém os arrancava. E foi essa capacidade de ir ficando bem agarrados em abrigos seguros, a não arriscar mais do que aquilo onde chegava o braço, que os levou a um maior ou menor grau de sucesso. Um sucesso demorado, mas seguro. A sociedade, as empresas, as instituições apreciam o conservadorismo. Receiam a inteligência, porque desestabiliza. O conservadorismo singra, paulatinamente, porque garante a continuidade.