terça-feira, 27 de setembro de 2016

Que venha o progresso, dê por onde der



Uma ponte que não leva a lado nenhum. Mesmo por terminar, aponta para mais uma zona industrial a encher-se de mato, em Fraga, junto à "fronteira" de Espanha (Aragão) com a Catalunha, sobre a autovía A2/N-II.


Comentário num artigo (2012) de imprensa espanhola sobre a proliferação de zonas industriais sem uso.

««« Cada AUTONOMÍA su TELEVISIÓN PUBLICA
Cada ciudad su METRO.
Cada pueblo su polígono industrial.
Cada aldea su estación de AVE
Cada pedanía Facultad universitaria.
Luego los impuestos ... que los pague también el ESTADO. »»»


http://www.eleconomista.es/comunidades_autonomas/noticias/4340202/10/12/Estalla-la-burbuja-de-los-poligonos-industriales.html

(Muy apropiado, digo yo...)

Nós, por cá, também tivemos essa época, apesar de não termos construído tantos polígonos, menos quilómetros de autovía e nenhum de comboio de alta velocidade. Mas mais de um tem os bolsos bem forrados por causa disso...

Vamos pagar (já estamos a pagar) tudo isto com juros, muitos juros. A usura nunca perdoa.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O computador é estúpido





O computador é estúpido...

A impressora até podia estar suja ou com algum pedaço de papel encravado. Desmontou-se, limpou-se, voltou-se a montar.
Após isso, já puxava bem o papel e imprimia cópias do scanner.
No entanto, o PC continuava a dar a impressora como não tendo papel, apesar de a ter desligado e voltado a ligar várias vezes.

Reiniciado o computador, o problema ficou resolvido. Seria mesmo necessário? Não podia ter detectado sem reiniciar?

domingo, 18 de setembro de 2016

O Casino


Imagem: Google Search "casino"

 Duas fortunas podem ser do mesmo montante mas terem  natureza muito diferente. Às vezes distingue-se, tentando saber o valor de uma pessoa rica, se ganhou a fortuna ou a herdou. Certo: há pessoas diferentes com capacidades diferentes, ou com distintas histórias e origens. Mas o dinheiro também não é todo igual. Como foi ele adquirido? Produzindo ou especulando? Um fulano pode ter acumulado muitos milhões — e existem uns quantos assim — e nunca ter produzido algo válido nem acrescentado qualquer valor à riqueza do mundo. Limitou-se a ir capturando para si parte do dinheiro enquanto ele ia mudando de mãos. Em contrapartida, aqueles que criam e produzem arriscam-se — caso não tomem precauções —  a que o produto do seu trabalho, por muito grande que seja, desapareça nos bolsos dos especuladores que nada fizeram.
Dará isto para perceber como é que o fruto do trabalho dos agricultores e outros produtores vai acabar nos bolsos sem fundo dos senhores Azevedo e Santos? E é que estes (e uma multidão de gente em seu nome, afinal — daí que se vangloriem de ser grandes criadores de emprego) ainda tiveram o trabalho de fazer chegar as "coisas" às pessoas que tinham dinheiro ou crédito para as comprar. Mas e aqueles que nem isso fizeram? Os que se limitaram a apostar na variação das cotações que eles próprios influenciam?
A riqueza do mundo joga-se toda num "casino". E a "banca" sai sempre a ganhar.
(Já agora: digam-me lá se o Zé Manel Carapau de Corrida não é um finório… Ele até protesta por lhe tirarem a passadeira, mas, se não a puder ter, olha… que se lixe! Os donos do casino até lhe pagam bem.)