terça-feira, 5 de fevereiro de 2019


Como é que se pode fundar uma coisa que já tem 50 anos? 

Bom, todos percebemos o que o senhor que escreveu quer dizer. Mas só percebemos à segunda, isto é: que não é o negócio acabado de criar que já tem 50 anos, mas sim o seu empreendedor/criador.

Não seria muito mais óbvio falar da criação de negócios AOS 50 ANOS, poupando-nos assim à ambiguidade da frase?

OK, deixando o lado picuinhas da coisa, o que me preocupa (e devia, em meu entender, preocupar toda a gente) é a falta de destreza no uso da Língua por parte de pessoas das gerações mais novas, sempre mais notória naquelas que se apresentam em posições onde essa incompetência é menos esperada, como os jornalistas, redactores, etc. Não são menos inteligentes do que os mais antigos, nada disso, mas o modo como escrevem deixa notar as deficiências da formação que tiveram. E isso não é culpa delas, mas da degradação, ao longo de décadas, do ensino que vem sendo ministrado. Todos estamos sujeitos a errar, mas não é isso que está aqui em causa. E o exemplo apresentado nem sequer é o mais grave dos que temos visto.

Quando aparecem por aqui comentários do tipo "isto deve ser obra de algum estagiário...", é a isso que nos queremos referir.

E não é por não ser professor ou por não ter nenhumas responsabilidades profissionais na matéria que, como cidadão, vou deixar de me preocupar (e manifestar aborrecimento — estou a ficar velho e cada vez mais rezingão, o que sempre fui).