quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O eucaliptal





Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0LMq5JkO1-mqobcvXNhRPZbmhdAFU9QW1d5XHBiST52n-jX6tfKfuRHrgROej8Dh27TPaLaix_GDGwif3lVnKWv0xf7TudvXOgL1NXI2lOzjE2hgRhQdmjct_SrhXadK0LsGl2kZuL6o-/s1600/97833.jpg


 
O interior é para plantar de eucalipto. É rentável, bom investimento, a receita compensa largamente a despesa (será que as plantações com mais de 50 hectares — área mínima, para deixar os pequenos produtores fora dos apoios! — ainda são subsidiadas pelo Banco Mundial?).

As populações envelhecidas que aí vivem são quase exclusivamente constituídas por reformados e pensionistas e ainda pelos funcionários dos serviços que lhes dão apoio.

Tudo fontes de despesa.

A escolha é óbvia.

Para desencorajar o repovoamento dessas zonas, que iria ainda agravar mais o problema, é preciso ir dificultando gradualmente as condições de vida e a prestação de cuidados e serviços públicos, como a Saúde ou a Justiça (nos privados já nem se fala: se não dá lucro, não se faz, como é óbvio — estou a lembrar-me das patifarias que a PT me faz, a mim e aos meus vizinhos, com a velocidade da Internet, por exemplo; ou dos transportes públicos que quase não existem; ou da absoluta ausência de actividade empresarial na zona). 

Isto desencoraja os candidatos a moradores (caso não possuam fortes recursos próprios) e ainda pressiona os residentes actuais a procurarem outros locais, se bem que a maioria não tem sequer condições para se mudar.

É isso!  
A escolha é óbvia.
Para todos.