Num mesmo artigo, a autora conseguiu juntar uma boa quantidade de incongruências e erros.
Logo no início, parece indicar que escreve segundo o AO90, pois usa arquitetura, refletem, projeto…
No entanto, ao longo do texto, quem faz a arquitetura é sempre um arquitecto...
Há uma habitação excepcional…
Há também um contacto directo, mostrando que nem tudo se perdeu… (Teria sido capaz de escrever contato directo ou contacto direto?)
E há paredes de pedra — o que lhes confere uma grande solidez — mas, mais adiante, há outras que são em pedra e esboroam-se facilmente, como é de supor.
Depois, há um desenvolve-se que não contribui nada para o desenvolvimento, porque o pretérito imperfeito do conjuntivo usado na frase é desenvolvesse.
A matéria prima perdeu o hífen, coitada, mas mão foi por culpa do chamado acordo.
Perdoa-se a mezzanine sem nenhuma decoração de itálico ou comas, porque aparentemente, é um artigo sobre arquitectura/arquitetura e não se sabe ao certo se o palavrão se manteve no inglês (mezzanine) ou no original italiano (caso em que seria mezzanino) ou já aderiu a um qualquer idioma ibérico. Em todo o caso, talvez devesse converter-se em mezanine, porque nós não usamos dois ZZ seguidos (aliás, parece que a forma portuguesa é mesmo mezanino). Se é italiano, deve realçar-se usando itálico ou comas.
Há uma estrutura de duvidosa solidez construída em madeira de pinho.
O projetual, que aparece várias vezes, também assume mais adiante uma forma algo arcaica: projectual. Em todo o caso, muito sofisticada.
Pobre Língua Portuguesa...