Cada sítio é o que é
e aquilo que foi e nem tudo são évoras no Alentejo… e, aqui, a Bacia Sedimentar
do Tejo não é muito propícia a guardar pedras, porque não as há; só calhaus e
areia… É só andar por aí para ver (ou, melhor, não ver) aquilo de que estou a
falar, a pobreza de património construído nessa vasta zona. Apenas existem uns
monumentos pontuais, mas são coisas de ricos, da Igreja, ou seja de quem tinha
dinheiro para mandar vir as pedras de longe. O resto é taipa, que os pobres
levantam e a chuva teima em derrubar, mal o telhado apodrece.... No Norte, até
os galinheiros e as pocilgas são de granito lavrado. Duram séculos, até
milénios...
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
resposta calada
(Resposta que não dei, mas fica escrita, a um tipo de Évora que se referia de forma depreciativa a uma pequena cidade do Alto Alentejo).
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
O eucaliptal
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0LMq5JkO1-mqobcvXNhRPZbmhdAFU9QW1d5XHBiST52n-jX6tfKfuRHrgROej8Dh27TPaLaix_GDGwif3lVnKWv0xf7TudvXOgL1NXI2lOzjE2hgRhQdmjct_SrhXadK0LsGl2kZuL6o-/s1600/97833.jpg
O interior é para
plantar de eucalipto. É rentável, bom investimento, a receita compensa
largamente a despesa (será que as plantações com mais de 50 hectares — área mínima, para deixar os pequenos produtores fora dos apoios! — ainda são subsidiadas pelo Banco Mundial?).
As populações envelhecidas que aí vivem são quase exclusivamente constituídas por reformados e pensionistas e ainda pelos funcionários dos serviços que lhes dão apoio.
As populações envelhecidas que aí vivem são quase exclusivamente constituídas por reformados e pensionistas e ainda pelos funcionários dos serviços que lhes dão apoio.
Tudo fontes de
despesa.
A escolha é óbvia.
Para desencorajar o
repovoamento dessas zonas, que iria ainda agravar mais o problema, é preciso ir
dificultando gradualmente as condições de vida e a prestação de cuidados e
serviços públicos, como a Saúde ou a Justiça (nos privados já nem se fala: se não dá lucro, não se faz, como
é óbvio — estou a lembrar-me das patifarias que a PT me faz, a mim e aos meus vizinhos, com a velocidade da Internet, por exemplo; ou dos transportes públicos que quase não existem; ou da absoluta ausência de actividade empresarial na zona).
Isto desencoraja os
candidatos a moradores (caso não possuam fortes recursos próprios) e ainda
pressiona os residentes actuais a procurarem outros locais, se bem que a
maioria não tem sequer condições para se mudar.
É isso!
A escolha é óbvia.
Para todos.
É isso!
A escolha é óbvia.
Para todos.
sábado, 25 de outubro de 2014
Descansando na rede
Nas redes sociais, as pessoas só gostam de ler coisas agradáveis.
Vou ver se encontro alguma.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
O burro e eu
Em 1956, ano do meu
nascimento, era atribuído o Prémio Nobel de Literatura a Juan Ramón Jiménez,
escritor e poeta espanhol andaluz, autor, entre muitas obras, de Platero y Yo.
Na mini-biblioteca
da escola primária da minha aldeia (hoje lugar de reunião de caçadores
associados), havia um exemplar da tradução portuguesa, "Platero e
Eu". Quero recordar, mas não consigo ter a certeza, se alguma vez o li. E
julgo até que essa leitura, a ter existido, foi já posterior
à minha saída da escola. Fiz algumas visitas à escola nos primeiros meses do
ano lectivo que já não frequentei, curto período sabático antes de passar à
"vida activa" — que nesse tempo não existia ainda o conceito de
trabalho infantil. Do que me recordo bem é do carinho da minha professora ao
receber-me nessas visitas, da satisfação que tinha estampada no rosto
sorridente.
Nada de estranho no
facto de não conseguir recordar se li ou não li esse livro. A minha memória
nunca foi famosa ou, melhor dizendo, sempre foi bastante caprichosa. No
entanto, alguma eu devia ter, pois era considerado o melhor aluno da escola, se
é que isso significa alguma coisa (e não deve significar, como a vida
posteriormente parece sugerir).
A história do livro
(não que eu me lembre, mas por que mo recordou a consulta de algumas páginas
web) trata de um burro ou, melhor, trata de o autor dizer em fábula o que
queria, pretendendo que era a história de um pequeno e simpático
burrico.
Mas o melhor é ler (ou reler) a obra.
Mas o melhor é ler (ou reler) a obra.
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