O senhor (já falecido há vários anos) que plantou as "ervas-das-pampas" (cortaderia selloana) junto ao ribeiro, plantou também uns choupos dentro da própria linha de água (entretanto já felizmente mandados abater pelo herdeiro e novo proprietário).
Uma foto mais antiga. Cortaderia selloana, ou erva-das-pampas. O exemplar do meio teve de ser completamente eliminado, uma vez que entretanto caiu para o ribeiro, obstruindo-o. A massa de folhas secas (e mesmo das verdes da parte inferior) está constantemente a obstruir a passagem da água. O risco de propagação de incêndio é elevadíssimo. Detrás, existe uma área enorme, coberta de silvas, abrangendo algumas oliveiras e que se estende até junto das casas da povoação.
Ficou o problema dos choupos quase resolvido. Digo quase porque ainda restam os cepos e as raízes a afectar o leito do ribeiro. No que respeita à erva-das-pampas (também ela classificada como espécie invasora), nada foi feito, salvo que, quando há limpezas, são tratadas de forma agressiva. É o mínimo que se pode fazer, já que o proprietário do terreno não procede à limpeza da sua margem, à qual está obrigado. Felizmente, não têm alastrado de forma espontânea e, como a propriedade se encontra em estado de quase abandono, não é feita nenhuma replantação. No entanto, os novos brotos vão crescendo sobre a matéria morta da própria planta, aumentando constantemente o seu volume.
Além destas plantas, foi ainda introduzida na mesma época uma outra, bastante mais perigosa e difícil de eliminar do que as duas referidas. Trata-se da robínia pseudoacácia (robinia pseudoacacia), também ela classificada como invasora.
Sendo uma "falsa acácia" tem, no que toca à sua reprodução e alastramento, o mesmo comportamento das "acácias mimosas" que todos vemos à beira das nossas estradas e não só: rebenta pelas raízes, o que que dizer que, ao longo das raízes expostas ou existentes a pequena profundidade, vão aparecendo sucessivamente inúmeros novos exemplares.
Os ramos mais altos que sobressaem das silvas são os novos exemplares, de maiores dimensões, que cresceram a partir das raízes das árvores cortadas. Em primeiro plano, à esquerda e junto à rede, um rebento um pouco menor. Embora todas tenham abundantes espinhos, as robínias e as silvas parecem dar-se bem, pelo menos nesta fase.
Nesta foto, podem ver-se alguns dos cepos das robínias cortadas. Os cepos em si estão a apodrecer, mas as raízes deram origem a um elevado número de novos exemplares. Alguns rebentos foram cortados durante a limpeza do caminho, mas só esses, porque impediam ou dificultavam a passagem. Os restantes continuam a crescer até se tornarem árvores, se nada for feito entretanto.
Crescem para o caminho onde passamos para as hortas. É fácil, ao desviar algum ramo ou rebento que esteja atravessado, sermos picados pelos afiados e robustos espinhos que possuem. A picada é bastante dolorosa e provoca inflamação que persiste ao longo de vários dias.